Os quatro candidatos brasileiros que participaram das provas da XXV Olimpíada Ibero-Americana de Química (OIAQ) foram premiados. Vinicius da Silveira Lanza é medalhista de ouro e ficou em primeiro lugar geral. Pedro Sales também foi ouro. Glauco César Prado e Lucas Takayassu conquistaram a prata. O resultado foi divulgado em cerimônia realizada no último sábado (9).
Este ano, o Brasil sediou a disputa, que foi realizada em Teresina (PI), e organizada pela Academia de Ciências do Piauí (ACIPI). Onze países participaram da competição, que teve estudantes menores de 19 anos de idade, escolhidos em processo seletivo de abrangência nacional. As provas tiveram início no dia 2 de outubro e seguiram até o dia 5.
Devido à pandemia da Covid-19, o certame foi feito em ambiente on-line e contou com duas provas: uma de caráter experimental, por vídeo, e outra teórica. O presidente da ACIPI, Dr. José Arimatéia Dantas Lopes, destacou o pioneirismo de realizar um concurso internacional de forma remota. “Foi um desafio grande promover a Olimpíada de forma remota pela primeira vez. Mas o saldo é de grande êxito”, comemorou.
A cerimônia teve a participação de medalhistas de edições anteriores, que, no momento, contaram como a relação com a Olímpiadas influenciaram as suas vidas. Um deles é o cearense Orisvaldo Salviano, que participou da OIAQ em 2018. Hoje ele é aluno do Massachussets Institute of Tecnology (MIT) e destaca que a experiência no Programa Nacional das Olimpíadas de Química motivou as decisões e o rumo que seus estudos tomaram.
Os atuais medalhistas já pensam no futuro iminente. Pedro fala que os planos seguem firmes em relação à faculdade. “Eu vou prestar vestibular para Engenharia Química em universidades aqui no Brasil e no exterior. Já estou providenciando o que é necessário e estudando bastante”.
Para o campeão, Vinícius da Silveira, o modo de ver a Química é algo simples e até mesmo concreto: “De modo sucinto, a Química representa uma forma de entender, fundamentalmente, o mundo a sua volta e transformá-lo”, finaliza.
Veja a lista dos participantes premiados:
Menção honrosa:
Ignácio Herrera Gamboa – Costa Rica
Amilcar Manoel Duarte Arias – El Salvador
Tiago Sousa – Portugal
Medalhistas:
Bronze:
Israel Emanuel – Peru
Beatriz Figueiredo – Portugal
Luis Ronaldo Chávez – El Salvador
Ivan Jesus Melrero López – Espanha
Mariano Sánchez Borges – Uruguai
Marcos Bautista Sanchez – Espanha
Alberto Alava Cedero – Venezuela
Mariana Costa – Portugal
Alvaro Salazar Veja – Espanha
Agustin Corbo Borche – Uruguai
Prata:
João Caldeira (Portugal)
Emily Alejandrsa Crespin Guerra – El Salvador
Miguel Adolfo Egusquiza Huamani – Peru
Lucas Takayassu – Brasil
Glauco César Prado Soares – Brasil
Abraham Antonio Pneda – México
Pablo Durán López – México
Ouro:
Fredi Manoel Barraza Hernandez – El Salvador
Emmanuel Sotomea Renova – México
Pedro Sales Toro Alonso – Brasil
Emilio Alonso Venegas Hernandez
Campeão:
Vinícius da Silveira Lanza Avelar
Sobre o concurso
A Olimpíada Ibero-americana de Química é realizada anualmente por um país diferente. O país organizador convida todos os países ibero-americanos que tenham participado na OIAQ anterior e, de acordo com as suas possibilidades, poderão convidar países para assistirem como observadores oficiais.
Teve início em Mendoza, na Argentina, em 1995, prosseguindo na cidade do México (1996), Rio de Janeiro (1997), Bogotá (1998), Santiago de Compostela (1999), Caracas (2000), Mar del Plata (2002), Cuernavaca (2003), Castellon (2004), Lima (2005), Aveiro (2006), Rio de Janeiro (2007), Heredia (2008), Havana (2009), México (2010), Brasil (2012), Argentina (2012), Bolívia (2013), Uruguai (2014), Teresina (2015). Bogotá (2016), Lima (2017), El Salvador (2018), Portugal (2019) e Teresina (2021).
Cada país participa com uma equipe de até 4 (quatro) estudantes, não universitários. Este ano e pela quinta vez, o país organizador é o Brasil. Participaram deste evento os países: Brasil, Costa Rica, El Salvador, Equador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Peru, Portugal, Venezuela e Uruguai.